Em
épocas remotas, através do reconhecimento da força divina e do entendimento
acerca dos recursos do misticismo, o ser humano na busca complexa por crenças
efetivas, desenvolveu a atividade intelectual da escrita.
Talvez
não da forma como é conhecida atualmente, mas a escrita dos povos
antidiluvianos passou por paredes, tumbas, papiros e até livros, criando a
espinha dorsal que conduz as Palavras de Poder, que nada mais são do que a arte
mágica através da escrita. Os egípcios cultuavam Tehuti, Deus responsável pela
invenção da escrita hieroglífica e todo aquele que se tornava escriba, era
considerado um mensageiro dos deuses.
É
sabido que outras formas de magia eram executadas pelos sacerdotes egípcios,
exaltações puramente mentais, construídas de formas-pensamento, sem palavras.
No entanto, o egípcio preferia o valor cerimonial: palavras, sons, gestos,
símbolos, fortaleciam os sentidos físicos e psíquicos e propiciavam resultado
de sucesso na magia egípcia.
As
palavras são poderosas. Por vezes eram usadas como escudo pelo magos egípcios,
criando defesas e proteções. As palavras podem ferir ou alegrar. São um mapa
que organizam e ativam o desejo daqueles que a proferem, tanto no plano físico,
quanto no espiritual.
Os
escribas egípcios eram detentores de grande poder, seja como autoridades
governamentais, seja como trabalhadores religiosos. É lamentável que os
estudantes modernos não se utilizem da palavra e do seu poder. Embora vários
livros forneçam instruções e fórmulas prontas, nada se compara ao poder e a
segurança da fórmula própria. A Tradição deve ser mantida e ecoar em todas as
épocas. O estudante de magia egípcia deve aprender a utilizar palavras em forma
de exaltação, hinos e fórmulas mágicas, preparadas e confeccionadas pelo próprio
punho. O trabalho e a autoexecução criam uma egrégora capaz de dialogar com as
forças supremas do Universo. O uso da palavra nos leva ao alcance do equilíbrio
dos princípios de Maat _ verdade e ordem divina _ transformando o estudante moderno
em um mago firmado no alcance dos diversos objetivos da magia.
Psicografado por Juanna Gouveia, em 12 de Novembro de 2013.
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